Policiais militares prenderam uma travesti suspeita de manter outras 11
em cárcere privado em um sobrado na avenida Miruna, em Indianópolis,
zona sul de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira. Não havia
menores de idade no grupo.
A polícia chegou ao local após receber informações da polícia do
Amazonas, que recebeu uma denúncia do irmão de uma das travestis. Ele
procurou a diretoria de direitos humanos do Amazonas para dizer que a
irmã havia sido agenciada pela internet e que, devido a condições
financeiras, morava em uma casa e era obrigado a trabalhar para a
aliciadora.
As autoridades do Amazonas entraram em contato com o Núcleo de
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria da Justiça e da
Defesa da Cidadania de São Paulo, que levou o caso à polícia.
Segundo a polícia, em casos como da amazonense os aliciadores pagavam a
passagem de avião. Em São Paulo, as aliciadoras cobravam o dobro do
valor pago pela passagem aérea e também a estadia na casa, que possuía
apenas colchonetes velhos para as travestis dormirem.
A polícia informou também que a dívida cobrada das travestis
ultrapassava o valor que elas deveriam receber pelos programas,
obrigando o grupo a ficar na casa até pagar o débito que aumentava a
cada dia.
O caso foi registrado no 27º Distrito Policial do Campo Belo.
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