Mata o Genro ao Saber Que
Ele Tinha AIDS
Foram mais de três meses de mentiras
e disfarces para encobertar um crime cometido por vingança e preconceito, na
cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Apesar da demora, a Polícia Civil
conseguiu prender, anteontem à tarde, a dona de casa Maria Aparecida de Souza,
de 54 anos, apontada como a principal suspeita de assassinar a pauladas o
próprio genro - após descobrir que ele era portador do vírus HIV (da Aids) e
poderia ter infectado sua filha, uma jovem de 17 anos. A adolescente namorada da
vítima confessou o crime, mas a polícia acredita que ela esteja protegendo a
mãe.
O mototaxista Esmedley Luiz Francisco Duarte, de 24 anos, foi morto no dia 26 de março com várias pauladas na cabeça, dentro de casa, no bairro Abadia. Na época, a Polícia Civil suspeitou da ex-mulher da vítima, devido a um histórico de ocorrências de agressões mútuas registradas pela Polícia Militar.
Mas, para o delegado Luiz Antônio Blanco, da Área Integrada de Segurança Pública (AISP), está claro que a mulher premeditou a morte do genro. Segundo ele, poucos dias antes do crime, Maria Aparecida descobriu que a filha estava morando na casa do namorado, com quem mantinha um relacionamento há dois meses.
Revoltada, a suspeita foi buscar a filha. "Ela pediu ajuda à ex-mulher da vítima, que a levou até a residência dele. No caminho, a mulher contou em um comentário bobo que ele era soropositivo", disse.
Dentro da residência, a dona de casa encontrou a filha e iniciou uma discussão com o genro. Em um ataque de fúria, ela usou um pedaço de pau que estava no quintal da casa para golpear o genro várias vezes na cabeça. Duarte sofreu politraumatismo craniano e teve o rosto desfigurado.
Após cometer o crime, a dona de casa ainda chamou um táxi em nome da vítima. Segundo o delegado Luiz Blanco, a intenção dela era convencer a polícia de que o homem estava vivo após ela sair da residência em companhia da filha. "Elas disseram que a vítima levou as duas no portão, fizeram um grande teatro. Mas temos testemunhas que as viram saindo sozinhas", disse.
Segundo a Polícia Civil, a própria dona de casa apontou a ex-mulher do genro como suspeita. "Ela deu vários depoimentos dizendo que a mulher era culpada, ou seja, ela inventou um argumento", disse o delegado.
Maria Aparecida está detida na Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba.
MINIENTREVISTA
O mototaxista Esmedley Luiz Francisco Duarte, de 24 anos, foi morto no dia 26 de março com várias pauladas na cabeça, dentro de casa, no bairro Abadia. Na época, a Polícia Civil suspeitou da ex-mulher da vítima, devido a um histórico de ocorrências de agressões mútuas registradas pela Polícia Militar.
Mas, para o delegado Luiz Antônio Blanco, da Área Integrada de Segurança Pública (AISP), está claro que a mulher premeditou a morte do genro. Segundo ele, poucos dias antes do crime, Maria Aparecida descobriu que a filha estava morando na casa do namorado, com quem mantinha um relacionamento há dois meses.
Revoltada, a suspeita foi buscar a filha. "Ela pediu ajuda à ex-mulher da vítima, que a levou até a residência dele. No caminho, a mulher contou em um comentário bobo que ele era soropositivo", disse.
Dentro da residência, a dona de casa encontrou a filha e iniciou uma discussão com o genro. Em um ataque de fúria, ela usou um pedaço de pau que estava no quintal da casa para golpear o genro várias vezes na cabeça. Duarte sofreu politraumatismo craniano e teve o rosto desfigurado.
Após cometer o crime, a dona de casa ainda chamou um táxi em nome da vítima. Segundo o delegado Luiz Blanco, a intenção dela era convencer a polícia de que o homem estava vivo após ela sair da residência em companhia da filha. "Elas disseram que a vítima levou as duas no portão, fizeram um grande teatro. Mas temos testemunhas que as viram saindo sozinhas", disse.
Segundo a Polícia Civil, a própria dona de casa apontou a ex-mulher do genro como suspeita. "Ela deu vários depoimentos dizendo que a mulher era culpada, ou seja, ela inventou um argumento", disse o delegado.
Maria Aparecida está detida na Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba.
MINIENTREVISTA
"Foi um crime cruel demais" - Vera
Duarte, 62 anos - Mãe do mototaxista
A senhora sabia do envolvimento do
seu filho com essa jovem acusada de participar da morte dele? Na verdade, eu não
tinha muito conhecimento sobre a vida amorosa dele. Mas, pelo que eu sei, não
havia nenhum problema no relacionamento dos dois, é isso que os amigos dele
falavam e outras pessoas que acompanhavam melhor também. Isso tudo me surpreende
muito, não sei nem o que pensar direito.
A senhora acredita que o seu filho possa ter sido morto pela mãe da própria namorada? É isso que a polícia diz e me chocou bastante saber dessa notícia, porque foi um crime cruel demais. Imagina uma pessoa bater na outra só porque ela tem Aids? É uma coisa inaceitável.
O seu filho tratava corretamente da doença? Ele recebia um auxílio para comprar os remédios e, há pouco tempo, tinha parado de trabalhar por estar debilitado, mas nunca ofereceu risco a ninguém. (LS)
A senhora acredita que o seu filho possa ter sido morto pela mãe da própria namorada? É isso que a polícia diz e me chocou bastante saber dessa notícia, porque foi um crime cruel demais. Imagina uma pessoa bater na outra só porque ela tem Aids? É uma coisa inaceitável.
O seu filho tratava corretamente da doença? Ele recebia um auxílio para comprar os remédios e, há pouco tempo, tinha parado de trabalhar por estar debilitado, mas nunca ofereceu risco a ninguém. (LS)
Publicado no Super Notícia em
28/06/2012 - LUCAS SIMÕES - lucas.simoes@supernoticia.com.br
Link: http://www.otempo.com.br/supernoticia/noticias/?IdNoticia=72882,SUP&busca=Mata%20o%20Genro%20ao%20Saber%20Que%20Ele%20Tinha%20AIDS&pagina=1
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