Jornal da Ciência (Osmario Valverde / 29/06/2012)
Portadores
de HIV possuem agora uma nova esperança em um tratamento mais
eficiente através de um novo fármaco após passar por larga escala de
testes.
O medicamento Atripla
revelou-se ser mais rápido na atuação contra a doença, além de possuir
menos efeitos colaterais em comparação com os regimes terapêuticos
largamente usados na atualidade.
A
pílula, segundo os pesquisadores, evitará que os portadores necessitem
ingerir uma grande quantidade de comprimidos diariamente.
Um
dos grandes problemas do tratamento atual é o número de pílulas.
Quanto maior a quantidade, maior o esquecimento das pessoas. Ao se
esquecer de tomar uma pílula, aumenta o risco de resistência do
medicamento, tornando o vírus mais “forte”, podendo causar progressão
da doença.
Os resultados das pesquisas internacionais da nova pílula, em um estudo publicado na revista The Lancet, revelaram que o Atripla mostrou-se uma importante opção de tratamento, melhorando a adesão dos portadores.
O
Vírus da Imunodeficiência Humana enfraquece a capacidade de combater
infecções e doenças como o câncer. A AIDS pode significar uma sentença
de morte quando o paciente não segue a risca o tratamento e o corpo
perde a capacidade de batalhar contra doenças.
Paul Sax da Harvard Medical School, autor do primeiro estudo sobre a pílula, disse: “Nossos
resultados oferecem um adicional altamente potente e bem tolerado,
contando com uma opção de tratamento simples, resultado da combinação
de anti-retrovirais em um único comprimido”, em entrevista ao DailyMail.
Ele
ainda acrescentou que os estudos mostraram que o tratamento com uma
única pílula melhora adesão dos pacientes e a satisfação, ajudando a
evitar erros de prescrição, reduzindo assim a probabilidade de falha do
tratamento e resistência às drogas.
O Atripla
é uma combinação dos fármacos elvitegravir, cobicistat, emtricitabina e
fumarato de disopropil tenofovir, desenvolvida pelo laboratório Gilead
Sciences.
Em
maio deste ano, o FDA (órgão americano de controle com a mesma função
da ANVISA aqui no Brasil) votou para aprovar o medicamento no
tratamento de infecções com HIV-1 em adultos norte-americanos. A
decisão final sairá em agosto.
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