9 de fev. de 2012

Terceiro banheiro,exclusão social ou solução?‏

Vereador apresenta projeto de lei para criação de banheiros para gays em SP

Espaço unissex seria alternativa para 'evitar constrangimentos'.
Iniciativa ocorreu após polêmica com o cartunista Laerte.

 

Após a polêmica gerada pela entrada do cartunista Laerte Coutinho no banheiro feminino de uma padaria na Zona Oeste deSão Paulo, o vereador Carlos Apolinário (DEM) resolveu apresentar na tarde desta terça-feira (7) um projeto de lei que prevê a criação de banheiros unissex na capital paulista. O objetivo, segundo ele, é garantir o direito a homens e mulheres de encontrarem apenas pessoas de seu próprio sexo no banheiro, e que o unissex seja usado por gays, lésbicas, bissexuais ou mesmo heterossexuais que assim desejaremLaerte tentou entrar em um banheiro feminino e
causou polêmica (Foto: Reprodução/TV Globo)
Laerte, que é "crossdresser" (ou seja, gosta de vestir roupas de mulher), relatou em seu Twitter que foi proibido de voltar a usar o banheiro no dia 24 de janeiro, instantes após entrar no recinto onde havia uma mulher e uma criança, que reclamaram da situação com um dos sócios.
Segundo o vereador Apolinário, seu projeto, caso aprovado, vai diminuir a chance de esse tipo de “constrangimento� ocorrer novamente ao obrigar que os banheiros unissex sejam instalados em shoppings centers, supermercados, restaurantes, cinemas e locais de diversões na cidade de São Paulo. "Só porque um homem afirma que está se sentindo mulher ganha o direito de entrar no banheiro feminino? Isso acaba constrangendo as pessoas�, afirma Apolinário.
A lei obrigaria que os estabelecimentos criassem um terceiro banheiro, além do masculino e do feminino. Não há previsão de data para que o projeto entre na pauta da Câmara.
Apolinário também já apresentou o projeto para a criação do Dia do Orgulho Heterossexual, que foi aprovado pela Câmara, mas depois vetado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) após a polêmica criada em torno do assunto e a reação negativa por parte da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Agora, Apolinário imagina que a comunidade poderá apoiar seu projeto, já que está obrigando os comércios da cidade a oferecer um serviço voltado para ela.
“Se a escolha do banheiro feminino depender do livre arbítrio de homens indefinidos quanto à identidade sexual, nossas mães, esposas, filhas e netas não terão mais tranquilidade para frequentar um banheiro público�, disse.
Segundo Apolinário, ninguém que entrar nesse banheiro unissex poderá reclamar do que vir. “Seu vou a uma Parada Gay, ou a um cruzeiro gay, eu não posso reclamar de nada�, afirmou.
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