19 de jul. de 2011

6 de agosto Dia estadual de Luta Contra a Tuberculose Rio de Janeiro

Tuberculose, vampirismo e outras histórias
 
Tísica, vampirismo, doença-ruim, moléstia-magra, mal-do-peito, capitã de todas as mortes: estes são alguns dos nomes que foram dados à tuberculose ao longo dos tempos, doença que assombrou o mundo entre os séculos 18 e 19, quando matou cerca de um bilhão de pessoas. Nas últimas décadas, com o avanço da Aids e o surgimento de cepas de bactérias resistentes a antibióticos, a tuberculose voltou a chamar atenção como problema de saúde pública mundial.
A tuberculose tem estado presente nos seres humanos desde a Antiguidade. Restos do esqueleto de um Neolítico no Mediterrâneo Oriental mostram que humanos pré-históricos (7000 AC) tinham tuberculose.
 
Indícios da sua existência também foram encontrados nas espinhas de múmias 3.000 - 2.400 AC. Phthisis é um termo grego para a tuberculose, cerca de 460 AC. Hipócrates identificava a phthisis como a doença mais difundida, envolvendo o "tossir sangue" e febre, que era quase sempre fatal. Na América do Sul, as primeiras evidências de tuberculose estão associadas com a cultura Paracas-Caverna (entre 750 AC e 100 DC).

Folclore

Antes da Revolução Industrial, a tuberculose pode, por vezes, ter sido associada como vampirismo. Quando o membro de uma família morria, a partir dele, os outros membros que foram infectados perderiam sua saúde lentamente. As pessoas acreditavam que isso era causado pela vítima original "drenar" a vida de outros membros da família. Além disso, pessoas que tinham TB apresentaram sintomas semelhantes ao que as pessoas consideradas como vampiro.
 
Pessoas com tuberculose têm muitas vezes sintomas como olhos vermelhos, inchados (o que também cria uma sensibilidade à luz), pele pálida, o calor do corpo extremamente baixo, um coração fraco e tosse com sangue, sugerindo a idéia de que a única maneira para os aflitos para reabastecer esta perda de sangue foi sugando o sangue.
 
Da mesma forma, mas com menor frequência, foi atribuída que as vítimas eram "abatidas", sendo transformado em cavalos por bruxas (bruxas) para viajar para as suas reuniões noturnas, resultando novamente em uma falta de descanso.
 
No início do século 20, alguns TB acreditado para ser causado pela masturbação. 
 
O bacilo da tuberculose ''Mycobacterium tuberculosis, foi identificado e descrito em 24 de Março de 1882 por Robert Koch. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1905 por essa descoberta. 
  
O primeiro sucesso genuíno de vacinação contra a tuberculose foi desenvolvido a partir da tuberculose bovina cepa atenuada por Albert Calmette e Camille Guerin em 1906, chamado de "BCG" (Bacilo de Calmette e Guérin). A vacina BCG foi usado pela primeira vez em humanos em 1921 na França. No Brasil, a vacina BCG é fabricada peça Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), que, desde 1900, ainda sob o none de Liga Brasuileira Contra a Tuberculose, atua no combate a essa doença, na sua prevenção e na melhoria das condições de vida das pessoas afetadas.
 
Em 1815, uma em cada quatro mortes na Inglaterra, foi de tuberculose; por volta de 1918 um em cada seis mortes na França ainda era causada pela TB. No século 20, a tuberculose matou um número estimado de 100 milhões de pessoas.
 
Aids e tuberculose
 
Atualmente, a tuberculose é responsável direta pela morte de um em cada três pacientes com HIV. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo estão coinfectadas por essas duas doenças, sendo que 90% dos casos se encontram nos países em desenvolvimento. Estima-se que cerca de 32% da população mundial têm tuberculose latente no organismo. Este número cresce 2% a cada ano. Quando você tem uma baixa no sistema imunológico, como no caso da Aids, por exemplo, a doença aparece.
 
Além da associação com o HIV, fatores como o uso excessivo de antibióticos e a pobreza ocasionaram o aumento do número de casos de tuberculose e o surgimento de bactérias resistentes.
 
Bactérias resistentes no Brasil
 
De acordo com a OMS, ocorrem entre 300 mil e 450 mil novos casos de tuberculose resistentes por ano, dos quais em torno de 80% não são tratáveis com pelo menos três dos fármacos comumente utilizados contra a doença. As variantes estão espalhadas por praticamente todas as partes do mundo, inclusive no Brasil, e o número de casos tende a aumentar cada vez mais. O problema é que, com superbactérias como essas, o tratamento pode não fazer mais efeito.
 

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