17 de mai. de 2011

SEASDH lança, junto com o governador, a campanha publicitária do Programa Rio sem Homofobia


Secretário Rodrigo Neves adianta que o estado ganhará novos centros de referência da população LGBT

A palavra respeito ganhou um novo significado na manhã desta segunda-feira, dia 16, quando o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, esteve na Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) para, junto com o secretário Rodrigo Neves, e o superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos, Cláudio Nascimento, lançar a campanha publicitária do Programa Rio Sem Homofobia. Na cerimônia, Rodrigo Neves adiantou que, reforçando a posição do Estado contra a homofobia, três novos Centros de Referência da População LGBT serão inaugurados no estado. Duque de Caxias, São Gonçalo e Niterói receberão as novas unidades.

Amanhã, dia 17, data em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Homofobia, os spots de rádio, o comercial na TV, busdoor, e os outros produtos da campanha começarão a ser divulgados. É a primeira vez que um país da América Latina lança uma campanha para combater a discriminação e a violência LGBT e promover a cidadania em todo o território fluminense.

“Tudo isso só é possível porque a comunidade LGBT é corajosa e se mobiliza. O próximo passo é que a homofobia seja considerada crime já que atinge o cidadão brasileiro e os Direitos Humanos. O amor não deve ser razão de nenhuma discriminação”, disse o governador Sérgio Cabral, que autorizou policiais e bombeiros a participarem, uniformizados, da Parada do Orgulho Gay.



Disseminar a informação sobre os direitos da população LGBT é um dos objetivos do programa Rio sem Homofobia que conta com o apoio de 13 órgãos públicos para produzir, implementar e monitorar as políticas públicas. O evento também marcou a assinatura do caderno de ações e metas 2011-2014 com 125 propostas, algumas já em execução.

“Este é um dia histórico para o Rio e para o Brasil porque é a primeira vez que um Estado lança um programa de combate, valorização e defesa à diversidade. O próximo passo é que os novos centros de referência sejam inaugurados para que a população LGBT tenha acesso aos serviços e orientações”, contou Rodrigo Neves que destacou também a conquista, por unanimidade, do reconhecimento da união homoafetiva, pelo Supremo Tribunal Federal.
No evento, além dos militantes do movimento LGBT, estiveram presentes o vice-governador Luiz Fernando Pezão, a senadora Marta Suplicy (PT/SP),  a chefe da polícia civil do Rio, Marta Rocha, Carlos Tufvesson, coordenador da Diversidade Sexual , da prefeitura do Rio, e a cantora Elza Soares.

“Eu estou muito feliz e honrada porque há muito tempo eu apoio os direitos da população LGBT. Que o Rio de Janeiro sirva de exemplo para as outras capitais e que elas também desenvolvam ações neste sentido”, disse Elza Soares.

Outro avanço importante é a assinatura, no próximo dia 28, pelo governador Sérgio Cabral, do decreto de reconhecimento e regulamentação do uso do nome social por travestis e transexuais na administração pública do estado do Rio de Janeiro.

“Nós sempre fomos ignorados e quando nos viam era para nos discriminar. Hoje, nós somos reconhecidos como família, ao mesmo tempo em que o estado do Rio ocupa a terceira posição em assassinatos da população LGBT. Eu espero que um evento como o de hoje se torne corriqueiro porque aí sim, fizemos a revolução”, disse emocionado Claudio Nascimento, que é também presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT.
A senadora Marta Suplicy, que veio ao Rio participar do lançamento da campanha Rio Sem Homofobia, é uma antiga defensora dos direitos dos LGBT. Em 1995, quando era deputada estadual, ela apresentou uma proposta para que os casais homossexuais tivessem os mesmos direitos dos heterossexuais.

“Esta é uma campanha inovadora, eu diria até mesmo corajosa, porque há tantas pessoas que ainda são contra os avanços nos direitos da população LGBT. O Rio se torna vanguarda, mais uma vez, na área social”, disse a senadora que representa a frente parlamentar LGBT no Congresso Nacional.

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